quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Poema de Sara

Quando em minha vida você entrou
Trouxe alegria, fantasia, felicidade,
Provou-me que o amor não tem idade
Despertou novamente em mim esse sentimento

Não tenho mais razão para tristeza
Basta eu pensar em sua beleza
Que tudo vai embora,
Ficando apenas a sua memória

Sorrir é simplesmente o que eu faço
Não tenho mais motivos para o choro.
No seu sorriso eu penso a toda hora
Do momento em que acordo,
Até o momento em que você vai embora.

Adoro quando você me abraça
E mais ainda quando me ampara.
A partir de hoje não sou de mais ninguém,
Sou única e exclusivamente seu,

Minha doce e amada Sara.
Marcelo Daros

sábado, 21 de agosto de 2010

18 de agosto

Poesia que eu fiz para um exercício da faculdade, na matéria de oficina de textos. Gostei demais do resultado.

18 de agosto

Acordei numa noite fria
Saindo debaixo das cobertas.
Ainda bem que não chovia,
Caso contrário, não tiraria da cama minhas costas.

Tomo café e como o morango.
Pego a toalha e vou pro banho.
A água quente que sai do chuveiro
Acaba lavando meu corpo inteiro.

Boto a roupa e saio de casa,
Pego o vento gelado da manhã,
Cubro-me com o agasalho
E vou-me embora para o trabalho.

Almoço farto e requentado.
Sento no sofá,
Esperando o tempo passar,
Voltando novamente para o serviço enrolado.

Chego em casa logo às quatro,
Troco os trajes e durmo um pouco.
Deu a hora da faculdade
E de mochila na mão
Sinto o peso da idade.

Acaba a aula, volto ao lar.
Janto bem e boto o pijama.
Não me resta mais nada no dia,
Só ir deitar encobertado na cama,
Não sem antes lavar o rosto
E esperar pelo 19 de agosto.
Marcelo Daros

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Confinamento na escuridão

Desta vez não precisei de indicação para o tema. Mas não tenho ideia de onde veio, simplesmente brotou dentro de minha mente. Apreciem!!

Confinamento na escuridão

Estou trancado nesse mundo obscuro.
Não há luz, somente sombras.
Tudo ao meu lado move-se
E eu permaneço imóvel.

Não penso há muito tempo.
Perdi essa capacidade
Graças ao ostracismo exagerado,
Que apareceu com a idade.

Estou beirando a loucura,
Sem pensar, sem falar, sem ouvir.
Logo perderei a consciência
Acabando com minha existência.

O confinamento não acaba nunca,
Quero sair, quero voltar a ver a luz,
Ouvir o buzinar dos carros,
Falar descontroladamente
Conhecer pessoas, encontrar amigos.
Tudo o que quero é voltar à vida.

Porém o mais importante é pensar.
Perder horas pensando em que comer,
Em que roupa usar, em que lugar irá.
O pensamento é o dom mais sagrado do ser humano,
Quem não pensa, não consegue falar direito.
Quem não fala fica apenas ouvindo o mundo passar.
Quem só ouve, torna-se apenas mais um.
Marcelo Daros

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Musicalidade

Poema novo, dessa vez a indicação do tema foi feita pela minha amiga Carol Macci (twitter: @CaMacci). Apreciem!

Musicalidade

Poucos têm a musicalidade nas veias.
Conseguir criar com perfeição
Uma harmonia entre acordes e melodia.

Tenho inveja dos brilhantes
Que conseguem regurgitar com tanta facilidade
Notas umas atrás das outras.

Os gênios musicais
Transmitindo sentimentos imortais
Através de sons e letras.

Mas o verdadeiro músico
Não se preocupa com o barulho das notas,
E sim com o silêncio das pausas.
Marcelo Daros

terça-feira, 27 de julho de 2010

Capitão de Navio

Poema novo. Indicação do tema feita por meu amigo Caio Donini. Gostei muito do resultado.

Capitão de Navio

Fui levado pelo vento e pelas ondas,
Vendo o sol nascer, iluminando as águas.
Cada raio reflete sua beleza no espelho azulado
Fazendo minha mente pensar em seu olhar.

Os movimentos ondulares das águas
Repetidos, incansáveis, infinitos.
Lembram-me as curvas de sua silhueta,
Quando minha mão passava por ela.

O vento que sopra forte,
Acariciando meu rosto,
Como sua respiração ofegante
E sua mão delicada.

Quando o sol se deita no horizonte,
Leva consigo a luz e traz a escuridão.
Eis que surge imponente no céu a lua,
Tão branca e bela como sua pele.

A chuva noturna molha meu corpo,
Assim como suas lágrimas em nossa despedida.
Queria poder te ver mais uma vez,
Antes que meu corpo suma no oceano,
Junto com este barco maldito
Que afunda com ele nosso amor.
Marcelo Daros

domingo, 18 de julho de 2010

Silêncio de 1 Minuto

Este poema, na verdade é um samba de Noel Rosa, mas que casa perfeitamente com o blog. Resolvi divulgar por ser umas das mais de 300 obras primas de Noel, sambista que comemoraria este ano 100 anos de vida!

Não te vejo e não te escuto
O meu samba está de luto
Eu peço o silêncio de um minuto

Homenagem a história

De um amor cheio de glória
Que me pesa na memória
Nosso amor cheio de glória
De prazer e de emoção
Foi vencido e a vitória

Cabe à tua ingratidão

Tu cavaste a minha dor

Com a pá do fingimento

E cobriste o nosso amor
Com a cal do esquecimento

Teu silêncio absoluto

Obrigou-me a confessar
Que o meu samba está de luto

Meu violão vai soluçar

Luto preto é vaidade
Neste funeral de amor
O meu luto é saudade
E saudade não tem cor

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Contrário de Amor

Será mesmo o ódio o contrário do amor?
Quem não ama, odeia então?
Seja o ódio a causa da separação,
Torna-se o amor o motivo da união.

Triste aquele que só odeia,
Acaba solitário durante a ceia,
Tomando o último gole do vinho
Indo para leito sozinho.

Quem odeia também pode amar,
Basta o ódio em amor transformar.
Tarefa fácil para qualquer um,
Até para aqueles sem amor algum.

O ódio é bem próximo do amor,
Ele dói, queima, causa revolta.
O que é ódio pode tornar-se amor,
E o que é amor pode tornar-se ódio.

Logo, duas coisas tão próximas não podem ser contrários,
Digo que o oposto de ódio é adoração.
Mas aí surge a pergunta:
Qual será o oposto de amor?

Não tenho uma resposta exata,
Já sabemos que não é ódio.
Então eu lhes digo minha crença:
O contrário do amor é a indiferença.
Marcelo Daros

terça-feira, 29 de junho de 2010

Saudades de Você

Poema novinho em folha. Não sei bem qual foi a inspiração, fui simplesmente escrevendo! Espero que gostem!

Saudades de você

Já faz um ano nossa separação
Longos dias sem te sentir,
Não vendo teu rosto, nem teu sorriso.
Somente solidão.

Que grande falta você faz,
O branco de seu sorriso me trazia luz
Teu olhar me trazia conforto
Teus lábios aqueciam minha boca

O que mais próximo de você existe
É nossa filha.
Com seus longos cabelos enrolados,
E tão bem arrumados.

Consigo ter nela o teu olhar,
Mas mesmo assim me faz falta.
Te vejo em todas as mulheres,
Tudo que sinto é saudades,
Saudades de você.
Marcelo Daros

terça-feira, 22 de junho de 2010

Beleza Sincera

Um salve para todos!
Demorei um pouco, mas aqui vai mais um poema. É deste ano, para ser sincero, acabei de escrever ele. Bem simples, mas eu gostei bastante! Aproveitem!

Beleza Sincera

Mas que mulher mais bela,
Uma beleza simples e sincera.
Cabelos longos e loiros
E olhos azulados.

Não é alta, não é baixa.
Não é gorda, não é magra.
É simplesmente normal,
Como qualquer mortal.

Sua beleza não mente,
Só diz a verdade.
E não importa o quanto eu tente
Tudo que vejo é sinceridade.

Como a quero ao meu lado,
Acalmando assim esta fera
que vive dentro de mim,
Com sua beleza sincera.
Marcelo Daros

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Casal Apaixonado

Mais uma poesia nova, de novo com gente morrendo ou se matando! Aproveitem!


Casal Apaixonado

Como é bonito um casal apaixonado,
Beijos de um lado, elogios do outro.
Uma troca de olhares frenética,
Bocas coladas fortemente.

Ah! casal apaixonado,
Trocam presentes, carícias,
Trocam amores e sentimentos.
Trocam suas vidas!

Um serve o outro,
Faz a comida, serve a bebida
E só querem um elogio.

Mas esse casal tem só um lado de paixão,
Um só lado de emoção,
O outro não quer nada
Só não quer ser contrariada.

Porém o erro já foi cometido...
Pobre rapaz que bebeu o que foi servido,
Acabou sendo enterrado.
E a moça?
Está chorando ao seu lado.
Marcelo Daros

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Perdido

Poema fresquinho, acabei de compor. Faz parte de minha nova safra, que fala bastante sobre a morte. Aproveitem!


Perdido

Olhar perdido no infinito,
Passa sol e passa nuvem,
Passa a lua, passa a noite
E ele continua perdido.

Só pensa nela,
Em mais nada.
Perde os pensamentos,
Perde os encantamentos.

Não come, não bebe,
Não faz nada.
Fica em casa admirando sua amada.

Esse homem acabou morrendo,
Não por se deixar morrer,
Mas por esquecer de viver.
Marcelo Daros

terça-feira, 1 de junho de 2010

Donzela

Poema da safra de 2007, ou seja, açúcar puro! Aproveitem


Donzela

Essa menina
Que em minha vida apareceu
Tudo ela mudou
Mas não sei como aconteceu
Ela apenas surgiu
E meu mundo transformou

Se vou contar sua beleza
Escutem com clareza
Pois com certeza
Você também irá se apaixonar por ela
Por minha donzela

Cabelos longos e dourados
Fios de ouro entrelaçados
Tesouros encantados
Olhos enssafirados
Olhos azulados
Como o céu estrelado
Lábios de mel
Mais lindos que o céu
E sem defeito algum
Pele tão clara
Pele tão bela
Esta é a minha donzela

Mas estou ficando cansado
Triste e passado
Ser sempre o amador
Queria ser, ao menos uma vez,
A coisa amada
Não tenho medo algum de amar
Amar não é errado
E se fosse
Eu não iria querer o que é certo

Mas como tão ingênuo jovem
Que nunca a boca de uma mulher beijou
Pode ter capacidade
De possuir aquela imagem
Da mulher que amou
Com tanta bondade

Queria ter um pouco de sorte
Para que ante a minha morte
Possa ter em minhas mãos
O amor de quem eu amo
E que com tanto ardor clamo

Só espero que a donzela
Ao ouvir esse poema
Tão simples e belo
Se encante
E quem sabe, por um instante
Passe a me amar
Marcelo Daros

segunda-feira, 31 de maio de 2010

O Trem

Essa poesia foge um pouco do que eu estou acostumado a escrever, mas eu achei ela muito boa. Aproveitem!


O Trem

Vai o trem andando nos trilhos
Balançando de um lado para o outro
Passo o mundo do lado de fora
Como um simples borrão colorido.

Esse trem não pára,
Vai de estação em estação,
Pegando gente, deixando gente,
E só descansa no final.

Da fornalha vem a força,
Com a queima incessante,
Gerando calor e mais calor
Para que não pare de andar.

No fogo gerado,
Que impulsiona nossas vidas,
Vem junto a fumaça
Que embaça nossa vista.

Deixamos na estação nosso passado,
Levamos conosco o presente,
Esperamos no final o futuro,
Mas nos esquecemos do principal
Que o trem é somente um meio
O trem somente nos leva,
Quem nos conduz é o maquinista.
Marcelo Daros

domingo, 30 de maio de 2010

Se Você pensar

De 2008 esse poema, gosto muito dele também. Não vou falar muito dele, é mais fácil vocês lerem do que eu ficar falando sobre, apreciem!

Se você pensar...

Se você pensar em um homem que ama
Esse homem sou eu
Se você pensar em um homem que chora
Esse homem sou eu
Se você pensar em um homem que sofre
Esse homem sou eu

Da primeira vez que a vi
Foi quando meus olhos,
Meus humildes olhos,
Brilharam mais que o sol!

Desse dia em diante
Você foi ficando mais importante
Cada dia
Era um dia diferente
Cada dia que te via
Era um dia maravilhoso
E cada dia que não te via
Era como um dia que chovia

Mas não pense que amo a ti
Simplesmente pela beleza
Ou pela nobreza
Amo a ti porque amo ti
Não há razão para o amor
Não se escolhe quem ama
Apenas se ama!
Marcelo Daros

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Silêncio

Esse poema é bem recente, do começo do ano, já na minha fase um pouco menos exagerada, mas ainda assim uma composição romântica. Gosto bastante dele, está longe de ser genial, mas é bom. Depois que eu terminei de compor, tive a sensação de que já tinha ouvido alguma coisa parecida em algum lugar, talvez seja apenas um Dejà Vu. Apreciem!


Silêncio

Do riso, veio o choro.
De um ensolarado dia de verão,
Surgiu um dia cinza de inverno.
De um grito por uma coisa conquistada,
Veio o silêncio por uma derrota amargurada.
E dos elogios de orgulho,
Surgiram os xingamentos de descontentamento.

Mas de tudo isso, o pior é o silêncio,
Em que nada se fala, nada se diz.
Os olhos não se cruzam,
As palavras não se encontram,
Os universos são diferentes.

Nesse silêncio absoluto
Nada acontece.
A flor não desabrocha,
O pássaro não canta,
A chuva não cai,
O sol não nasce.

E sem sol não há luz, não há calor,
Existe apenas a mais fria escuridão.
Que vai te consumindo aos poucos,
Que transforma o palhaço mais colorido
Em um ser sem cor, sem vida.

Se entregar a isso é a única saída,
Não adianta lutar.
O melhor é se render a esse poço de solidão,
Se tornar o humano mais sem vida do mundo.

Mas isso eu não quero!
Se tiver choro, conte uma piada,
Se tiver frio, faça fogo,
Se a flor não nasce, regue-a,
Se o pássaro não canta, cante para ele,
Se não tem sol, acenda uma luz,
E se houver silêncio,
Não pense duas vezes,
Faça barulho!
Marcelo Daros

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Sem Medo de Amar

Pensei muito em relação a esse poema. Até que ele é bom, mas é muito romanticozinho, aquela coisa do rapaz descobrindo o amor (o que não deixa de ser verdade). Mais um de 2007, estou colocando os mais antigos primeiro, depois vou colocando os inéditos!

Sem medo de amar

Esse amor em meu peito,
me domina, me ilumina,
me consome por completo,
me deixa em desespero...

Quero tê-la por inteiro,
se não meu futuro será incompleto,
mas a incerteza toma conta,
não sei se me ama...

Tentarei me declarar,
cantarei até rouco ficar,
gritarei para o mundo ouvir
que eu amo sem medo de amar

Quero rir cada momento com ela,
chorar as tristezas mais belas,
me encantar com a sua beleza,
e beijar os seus lábios.

Quero ser seu mais próximo amigo,
quero ela para sempre comigo,
consolar seus desesperos,
e contar os mais sórdidos segredos

Quero que me chame de amor,
se não meu mundo não terá cor,
tudo cinza e sem vida,
desesperado e sem saída

Lhe darei uma flor,
serei seu secreto admirador,
ter para sempre o seu amor,
sempre amando sem medo de amar...
Marcelo Daros

Poema do Amor

Mais um poema da minha época extremamente romântica. Foi escrito também em 2007. Pode ser usado para adoçar seu café, de tão doce que é, hahahhahahahahahaha. Mais um bem exagerado também. Aproveitem!

Poema do Amor

Eu tenho em mãos a verdade
O amor não tem idade
Não tem sexo
Não tem raça
Está nas elites e nas massas

O Amor é apenas um
É sozinho e isolado
E um sentimento encantado
E não traz mal nenhum

O Amor não tem cor
Não tem som nem imagem
Mas é preciso coragem
Para declarar seu amor

O amor não é escolha
Ele apenas surge do nada
Ele vem da pessoa amada
E tem que voltar

Nem todo amador é coisa amada
E nem toda coisa amada é amador
Mas se alguém conseguir os dois
Que sorte!
Sempre terá em seu coração o Amor
Marcelo Daros

Moça da Sacada

Esse poema é recente, escrevi ele semana passada. Não é tão exagerado assim, mas é bem para baixo. Não teve nada de muito inspirador, simplesmente peguei o caderno e fui escrevendo, no fim acabou saindo um poema muito bom! Espero que gostem!

Moça da Sacada

Olha a moça na sacada
Admirando o horizonte
Esperando a vida passar
Esperando o tempo parar

Olha a moça na sacada
Com um leve sorriso no rosto
Com a foto de um moço
E uma lágrima no olhar

Olha a moça na sacada
Subindo no parapeito
Vendo o trânsito nervoso

Olha a moça no asfalto
Em uma poça de sangue
Dando um último suspiro
Indo encontrar seu amante
Marcelo Daros

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Soneto de Amor

Escrevi esse poema em 2007, durante minha fase mais Romântica, com poemas bem exageras, parecido com as composições de Casimiro de Abreu, e até um pouco com Vinícius de Moares (guardadas as devidas proporções é claro).

Minha principal inspiração para esse poema foi o "Soneto de Fidelidade", do Vinícius de Moraes. É como se fosse um resposta para o soneto do Vinícius, em que ele diz: "que não seja imortal, posto que é chama", eu rebato dizendo que basta alimentar essa chama para que o amor durar para sempre.

Sem mais delongas, segue meu poema:

Soneto de Amor


Ao meu amor serei constante,
me dedicando a cada instante
para amar e ser amado,
a todo momento...

Quero que meu amor seja belo,
seja sincero...
Que seja relembrado em um retrato,
durante o mais fino e doce contato.

Irei imortalizá-lo em meu coração,
ou em uma bela canção,
para desfrutá-lo até o fim de minha vida...

Infinito ele será,
e como alimentarei seu fogo todos os dias,
para sempre durará.
Marcelo Daros