segunda-feira, 31 de maio de 2010

O Trem

Essa poesia foge um pouco do que eu estou acostumado a escrever, mas eu achei ela muito boa. Aproveitem!


O Trem

Vai o trem andando nos trilhos
Balançando de um lado para o outro
Passo o mundo do lado de fora
Como um simples borrão colorido.

Esse trem não pára,
Vai de estação em estação,
Pegando gente, deixando gente,
E só descansa no final.

Da fornalha vem a força,
Com a queima incessante,
Gerando calor e mais calor
Para que não pare de andar.

No fogo gerado,
Que impulsiona nossas vidas,
Vem junto a fumaça
Que embaça nossa vista.

Deixamos na estação nosso passado,
Levamos conosco o presente,
Esperamos no final o futuro,
Mas nos esquecemos do principal
Que o trem é somente um meio
O trem somente nos leva,
Quem nos conduz é o maquinista.
Marcelo Daros

domingo, 30 de maio de 2010

Se Você pensar

De 2008 esse poema, gosto muito dele também. Não vou falar muito dele, é mais fácil vocês lerem do que eu ficar falando sobre, apreciem!

Se você pensar...

Se você pensar em um homem que ama
Esse homem sou eu
Se você pensar em um homem que chora
Esse homem sou eu
Se você pensar em um homem que sofre
Esse homem sou eu

Da primeira vez que a vi
Foi quando meus olhos,
Meus humildes olhos,
Brilharam mais que o sol!

Desse dia em diante
Você foi ficando mais importante
Cada dia
Era um dia diferente
Cada dia que te via
Era um dia maravilhoso
E cada dia que não te via
Era como um dia que chovia

Mas não pense que amo a ti
Simplesmente pela beleza
Ou pela nobreza
Amo a ti porque amo ti
Não há razão para o amor
Não se escolhe quem ama
Apenas se ama!
Marcelo Daros

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Silêncio

Esse poema é bem recente, do começo do ano, já na minha fase um pouco menos exagerada, mas ainda assim uma composição romântica. Gosto bastante dele, está longe de ser genial, mas é bom. Depois que eu terminei de compor, tive a sensação de que já tinha ouvido alguma coisa parecida em algum lugar, talvez seja apenas um Dejà Vu. Apreciem!


Silêncio

Do riso, veio o choro.
De um ensolarado dia de verão,
Surgiu um dia cinza de inverno.
De um grito por uma coisa conquistada,
Veio o silêncio por uma derrota amargurada.
E dos elogios de orgulho,
Surgiram os xingamentos de descontentamento.

Mas de tudo isso, o pior é o silêncio,
Em que nada se fala, nada se diz.
Os olhos não se cruzam,
As palavras não se encontram,
Os universos são diferentes.

Nesse silêncio absoluto
Nada acontece.
A flor não desabrocha,
O pássaro não canta,
A chuva não cai,
O sol não nasce.

E sem sol não há luz, não há calor,
Existe apenas a mais fria escuridão.
Que vai te consumindo aos poucos,
Que transforma o palhaço mais colorido
Em um ser sem cor, sem vida.

Se entregar a isso é a única saída,
Não adianta lutar.
O melhor é se render a esse poço de solidão,
Se tornar o humano mais sem vida do mundo.

Mas isso eu não quero!
Se tiver choro, conte uma piada,
Se tiver frio, faça fogo,
Se a flor não nasce, regue-a,
Se o pássaro não canta, cante para ele,
Se não tem sol, acenda uma luz,
E se houver silêncio,
Não pense duas vezes,
Faça barulho!
Marcelo Daros

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Sem Medo de Amar

Pensei muito em relação a esse poema. Até que ele é bom, mas é muito romanticozinho, aquela coisa do rapaz descobrindo o amor (o que não deixa de ser verdade). Mais um de 2007, estou colocando os mais antigos primeiro, depois vou colocando os inéditos!

Sem medo de amar

Esse amor em meu peito,
me domina, me ilumina,
me consome por completo,
me deixa em desespero...

Quero tê-la por inteiro,
se não meu futuro será incompleto,
mas a incerteza toma conta,
não sei se me ama...

Tentarei me declarar,
cantarei até rouco ficar,
gritarei para o mundo ouvir
que eu amo sem medo de amar

Quero rir cada momento com ela,
chorar as tristezas mais belas,
me encantar com a sua beleza,
e beijar os seus lábios.

Quero ser seu mais próximo amigo,
quero ela para sempre comigo,
consolar seus desesperos,
e contar os mais sórdidos segredos

Quero que me chame de amor,
se não meu mundo não terá cor,
tudo cinza e sem vida,
desesperado e sem saída

Lhe darei uma flor,
serei seu secreto admirador,
ter para sempre o seu amor,
sempre amando sem medo de amar...
Marcelo Daros

Poema do Amor

Mais um poema da minha época extremamente romântica. Foi escrito também em 2007. Pode ser usado para adoçar seu café, de tão doce que é, hahahhahahahahahaha. Mais um bem exagerado também. Aproveitem!

Poema do Amor

Eu tenho em mãos a verdade
O amor não tem idade
Não tem sexo
Não tem raça
Está nas elites e nas massas

O Amor é apenas um
É sozinho e isolado
E um sentimento encantado
E não traz mal nenhum

O Amor não tem cor
Não tem som nem imagem
Mas é preciso coragem
Para declarar seu amor

O amor não é escolha
Ele apenas surge do nada
Ele vem da pessoa amada
E tem que voltar

Nem todo amador é coisa amada
E nem toda coisa amada é amador
Mas se alguém conseguir os dois
Que sorte!
Sempre terá em seu coração o Amor
Marcelo Daros

Moça da Sacada

Esse poema é recente, escrevi ele semana passada. Não é tão exagerado assim, mas é bem para baixo. Não teve nada de muito inspirador, simplesmente peguei o caderno e fui escrevendo, no fim acabou saindo um poema muito bom! Espero que gostem!

Moça da Sacada

Olha a moça na sacada
Admirando o horizonte
Esperando a vida passar
Esperando o tempo parar

Olha a moça na sacada
Com um leve sorriso no rosto
Com a foto de um moço
E uma lágrima no olhar

Olha a moça na sacada
Subindo no parapeito
Vendo o trânsito nervoso

Olha a moça no asfalto
Em uma poça de sangue
Dando um último suspiro
Indo encontrar seu amante
Marcelo Daros

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Soneto de Amor

Escrevi esse poema em 2007, durante minha fase mais Romântica, com poemas bem exageras, parecido com as composições de Casimiro de Abreu, e até um pouco com Vinícius de Moares (guardadas as devidas proporções é claro).

Minha principal inspiração para esse poema foi o "Soneto de Fidelidade", do Vinícius de Moraes. É como se fosse um resposta para o soneto do Vinícius, em que ele diz: "que não seja imortal, posto que é chama", eu rebato dizendo que basta alimentar essa chama para que o amor durar para sempre.

Sem mais delongas, segue meu poema:

Soneto de Amor


Ao meu amor serei constante,
me dedicando a cada instante
para amar e ser amado,
a todo momento...

Quero que meu amor seja belo,
seja sincero...
Que seja relembrado em um retrato,
durante o mais fino e doce contato.

Irei imortalizá-lo em meu coração,
ou em uma bela canção,
para desfrutá-lo até o fim de minha vida...

Infinito ele será,
e como alimentarei seu fogo todos os dias,
para sempre durará.
Marcelo Daros