terça-feira, 14 de junho de 2011

Embora

Uma singela homenagem a Rodrigo Biojone.
Um amigo que se foi quando não devia.
Vai deixar saudades rapaz!! Fique em paz!


Embora

Foi-se embora um fotógrafo
Desses que é difícil de achar
Que não discute o melhor equipamento
Mas que discute o melhor ângulo da luz

Foi-se embora um colega
Que representava a todos
Aguentava a todos
E não deixava de ser colega

Foi-se embora um professor
Preocupado e dedicado
Atencioso e aconselhador
E muito orgulhoso de ser

Foi-se embora um amigo
Sempre pronto para ajudar
Sempre pronto para dar uma mão
Foi-se embora um amigo
Que não devia ir embora

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Poema de Sara

Quando em minha vida você entrou
Trouxe alegria, fantasia, felicidade,
Provou-me que o amor não tem idade
Despertou novamente em mim esse sentimento

Não tenho mais razão para tristeza
Basta eu pensar em sua beleza
Que tudo vai embora,
Ficando apenas a sua memória

Sorrir é simplesmente o que eu faço
Não tenho mais motivos para o choro.
No seu sorriso eu penso a toda hora
Do momento em que acordo,
Até o momento em que você vai embora.

Adoro quando você me abraça
E mais ainda quando me ampara.
A partir de hoje não sou de mais ninguém,
Sou única e exclusivamente seu,

Minha doce e amada Sara.
Marcelo Daros

sábado, 21 de agosto de 2010

18 de agosto

Poesia que eu fiz para um exercício da faculdade, na matéria de oficina de textos. Gostei demais do resultado.

18 de agosto

Acordei numa noite fria
Saindo debaixo das cobertas.
Ainda bem que não chovia,
Caso contrário, não tiraria da cama minhas costas.

Tomo café e como o morango.
Pego a toalha e vou pro banho.
A água quente que sai do chuveiro
Acaba lavando meu corpo inteiro.

Boto a roupa e saio de casa,
Pego o vento gelado da manhã,
Cubro-me com o agasalho
E vou-me embora para o trabalho.

Almoço farto e requentado.
Sento no sofá,
Esperando o tempo passar,
Voltando novamente para o serviço enrolado.

Chego em casa logo às quatro,
Troco os trajes e durmo um pouco.
Deu a hora da faculdade
E de mochila na mão
Sinto o peso da idade.

Acaba a aula, volto ao lar.
Janto bem e boto o pijama.
Não me resta mais nada no dia,
Só ir deitar encobertado na cama,
Não sem antes lavar o rosto
E esperar pelo 19 de agosto.
Marcelo Daros

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Confinamento na escuridão

Desta vez não precisei de indicação para o tema. Mas não tenho ideia de onde veio, simplesmente brotou dentro de minha mente. Apreciem!!

Confinamento na escuridão

Estou trancado nesse mundo obscuro.
Não há luz, somente sombras.
Tudo ao meu lado move-se
E eu permaneço imóvel.

Não penso há muito tempo.
Perdi essa capacidade
Graças ao ostracismo exagerado,
Que apareceu com a idade.

Estou beirando a loucura,
Sem pensar, sem falar, sem ouvir.
Logo perderei a consciência
Acabando com minha existência.

O confinamento não acaba nunca,
Quero sair, quero voltar a ver a luz,
Ouvir o buzinar dos carros,
Falar descontroladamente
Conhecer pessoas, encontrar amigos.
Tudo o que quero é voltar à vida.

Porém o mais importante é pensar.
Perder horas pensando em que comer,
Em que roupa usar, em que lugar irá.
O pensamento é o dom mais sagrado do ser humano,
Quem não pensa, não consegue falar direito.
Quem não fala fica apenas ouvindo o mundo passar.
Quem só ouve, torna-se apenas mais um.
Marcelo Daros

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Musicalidade

Poema novo, dessa vez a indicação do tema foi feita pela minha amiga Carol Macci (twitter: @CaMacci). Apreciem!

Musicalidade

Poucos têm a musicalidade nas veias.
Conseguir criar com perfeição
Uma harmonia entre acordes e melodia.

Tenho inveja dos brilhantes
Que conseguem regurgitar com tanta facilidade
Notas umas atrás das outras.

Os gênios musicais
Transmitindo sentimentos imortais
Através de sons e letras.

Mas o verdadeiro músico
Não se preocupa com o barulho das notas,
E sim com o silêncio das pausas.
Marcelo Daros

terça-feira, 27 de julho de 2010

Capitão de Navio

Poema novo. Indicação do tema feita por meu amigo Caio Donini. Gostei muito do resultado.

Capitão de Navio

Fui levado pelo vento e pelas ondas,
Vendo o sol nascer, iluminando as águas.
Cada raio reflete sua beleza no espelho azulado
Fazendo minha mente pensar em seu olhar.

Os movimentos ondulares das águas
Repetidos, incansáveis, infinitos.
Lembram-me as curvas de sua silhueta,
Quando minha mão passava por ela.

O vento que sopra forte,
Acariciando meu rosto,
Como sua respiração ofegante
E sua mão delicada.

Quando o sol se deita no horizonte,
Leva consigo a luz e traz a escuridão.
Eis que surge imponente no céu a lua,
Tão branca e bela como sua pele.

A chuva noturna molha meu corpo,
Assim como suas lágrimas em nossa despedida.
Queria poder te ver mais uma vez,
Antes que meu corpo suma no oceano,
Junto com este barco maldito
Que afunda com ele nosso amor.
Marcelo Daros

domingo, 18 de julho de 2010

Silêncio de 1 Minuto

Este poema, na verdade é um samba de Noel Rosa, mas que casa perfeitamente com o blog. Resolvi divulgar por ser umas das mais de 300 obras primas de Noel, sambista que comemoraria este ano 100 anos de vida!

Não te vejo e não te escuto
O meu samba está de luto
Eu peço o silêncio de um minuto

Homenagem a história

De um amor cheio de glória
Que me pesa na memória
Nosso amor cheio de glória
De prazer e de emoção
Foi vencido e a vitória

Cabe à tua ingratidão

Tu cavaste a minha dor

Com a pá do fingimento

E cobriste o nosso amor
Com a cal do esquecimento

Teu silêncio absoluto

Obrigou-me a confessar
Que o meu samba está de luto

Meu violão vai soluçar

Luto preto é vaidade
Neste funeral de amor
O meu luto é saudade
E saudade não tem cor